Qual é a melhor maneira de iniciar uma conversa em língua de sinais com um bebê Surdo?
Quando alguém está em outra sala, atrás de uma porta fechada, você não começa a falar com essa pessoa de onde está. Em vez disso, você vai até a pessoa. Você entra em seu “campo auditivo” antes de começar a falar. Um “campo auditivo” é a área ao nosso redor onde podemos ouvir sons.
Quando a língua que estamos usando é uma língua de sinais, temos que considerar o “campo visual”. Essa é a área que podemos ver a qualquer momento. Se uma criança está concentrada, brincando com um brinquedo à sua frente, sinalizar para ela de fora do seu campo visual é como falar com alguém em outra sala atrás de uma porta fechada, ou com alguém absorvido pela música de seus fones de ouvido.
Os cuidadores podem atrair a atenção das crianças Surdas* intervindo em seu campo de visão. Pode ser um aceno de mão ou um movimento do corpo inteiro para o campo de visão da criança. Ou algo criativo, como dedos caminhando em direção ao campo de visão da criança. Quando os holofotes estiverem voltados para o cuidador, ele poderá sinalizar à vontade!
* Existem muitos termos que você já deve ter visto serem usados para se referir a pessoas Surdas. Um deles é “deficiente auditivo”. Esse termo foi criado pela comunidade auditiva e tende a enfatizar a incapacidade (deficiência). A comunidade Surda prefere ser tratada como “Surda” (com “S” maiúsculo). “Surdo” refere-se diretamente aos usuários de sinais, como uma comunidade linguística. É o equivalente a dizer “povo anglófono” ou “povo francófono”. A palavra minúscula “surdo” é usada para se referir à condição médica, independentemente de o indivíduo sinalizar ou não.
Fontes científicas deste quadrinho:
Bailes, C. N., Erting, C. J., Erting, L. C., & Thumann-Prezioso, C. (2009). Language and literacy acquisition through parental mediation in American Sign Language. Sign Language Studies, 9(4), 417-456.
The first author to use “Deaf” rather than “deaf”:
Woodward, J. C. (1972). Implications for sociolinguistic research among the deaf. Sign Language Studies, (1), 1-7.